CES 2023 | Novo Motorola Defy será 1º com mensagens via satélite da MediaTek

Na CES 2023, a Bullitt Group, fabricante especializado em smartphones de alta durabilidade de marcas como a CAT, confirmou que a próxima geração do Motorola Defy será o primeiro smartphone do mercado a contar com a tecnologia de comunicação via satélite desenvolvida junto à MediaTek. Baseada no protocolo de rede 5G NTN (Non-Terrestrial Network, ou Rede Não Terrestre), a solução é um esforço coletivo de múltiplas companhias e promete estabelecer contato com qualquer dispositivo no mundo, mesmo fora de casos de emergência.

No comunicado emitido nesta quinta-feira (5), a Bullitt reforçou que seu serviço de comunicação via satélite, o Bullitt Satellite Connect, será lançado ainda no primeiro trimestre de 2023, entre janeiro e março. Anunciada em novembro do ano passado, a tecnologia é resultado de uma forte parceria com a MediaTek e forneceria um sistema de troca de mensagens muito mais robusto que o da Apple, por exemplo, ou mesmo da Qualcomm, ao prometer conexão em menos de 10 segundos e estabelecimento de contato com qualquer smartphone no mundo.

Desenvolvido em parceria com a MediaTek, o Bullitt Satellite Connect estreia ainda no primeiro trimestre de 2023 (Imagem: Divulgação/MediaTek)

Como o propósito é garantir a comunicação em áreas remotas, serviços de socorro também estarão inclusos, motivo pelo qual a marca fechou um acordo com a FocusPoint International, especializada em suporte durante emergências. Já a rede de satélites ficou a cargo da Skylo, outra das parceiras, que fornecerá acesso aos aparelhos em LEO (Low Earth Orbit, ou Órbita Baixa da Terra), a 600 km de altitude e velocidade de órbita de 27.000 km/h.

-
Siga o Canaltech no Twitter e seja o primeiro a saber tudo o que acontece no mundo da tecnologia.
-

A principal novidade do anúncio desta semana é que o primeiro modelo de smartphone compatível com a plataforma foi confirmado — trata-se da próxima geração do Motorola Defy, o smartphone de alta resitência fabricado pela Bullitt em acordo com a Motorola. Nenhuma informação sobre o celular foi divulgada, mas é possível deduzir que o telefone será apresentado muito em breve, considerando o prazo de lançamento do serviço.

O Defy original, apresentado em 2021, estreou basicamente como uma versão encorpada do Moto G9 Play, contando com processador Snapdragon 662, 4 GB de RAM, 64 GB de armazenamento, tela IPS LCD de 6,5 polegadas com resolução HD+, câmera tripla de 48 MP e bateria de 5.000 mAh com recarga de 20 W.

A última geração do Motorola Defy foi lançada em 2021, sendo uma versão super resistente do Moto G9 Play (Imagem: Reprodução/Motorola)

Seu principal diferencial era a construção, com acabamento emborrachado que, segundo a empresa, poderia até ser lavado com sabão, aguentaria temperaturas entre -25°C a +55°C e suportaria quedas de até 1,80 metro, trazendo proteção premium de vidro Gorilla Glass Victus no display.

Curiosamente, a existência do novo Defy não foi apontada por vazamentos, mas levando em conta as especificações da geração anterior, a próxima versão do telefone também deve trazer configurações mais simples, focando em investir na resistência.

Além do aparelho, a Bullitt revelou mais alguns detalhes do funcionamento do sistema: a comunicação é feita com o app dedicado da marca, que funciona como um mensageiro tradicional, como o WhatsApp. Através dele, o usuário poderá enviar mensagens para qualquer contato, mesmo aqueles que não tenham acesso à rede 5G NTN. Neste caso, a pessoa do outro lado da linha receberá um SMS com a mensagem e link para baixar o aplicativo especial, que permitirá enviar uma resposta.

O próximo Motorola Defy será o primeiro celular com o sistema de satélite da Bullitt, mas sua aparência e especificações seguem sendo um mistério (Imagem: Reprodução/Motorola)

Como havia sido confirmado no passado, essa comunicação terá integração nativa com redes móveis, possibilitando as conversas. Essas respostas não terão custo algum para o remetente, sendo deduzidas apenas do plano de quem está usando a rede de satélite.

O ponto mais interessante é que a marca já revelou o preço do serviço, algo que nenhuma outra solução havia feito até agora: a assistência de emergências será gratuita pelo primeiro ano, passando a custar US$ 4,99 (~R$ 25) ao mês após o fim da gratuidade. Planos mais robustos também estarão disponíveis.

Leia a matéria no Canaltech.

Trending no Canaltech: